Teatro Guararapes em Festa: Noite Histórica Celebra a Trajetória do Mestre Violonista com Sucessos e Memórias


A última sexta-feira, 7 de novembro, marcou uma noite de grande emoção e reverência no Teatro Guararapes. O cantor, compositor e violonista Toquinho subiu ao palco com a turnê “Só Tenho Tempo Pra Ser Feliz – 60 Anos de Música”, presenteando o público pernambucano com um espetáculo poético que revisitou seis décadas de uma trajetória singular na Música Popular Brasileira.
Acompanhado pela voz talentosa de Camilla Faustini, que adicionou um frescor e carisma luminoso aos duetos, o mestre do violão conduziu a plateia por um repertório repleto de clássicos atemporais.

Toquinho demonstrou seu profundo carinho por Recife, um afeto que transcendeu o palco em cada saudação e sorriso. O violonista fez questão de mencionar a amizade de longa data com o ex-ministro e figura pública pernambucana Raul Jungmann, pontuando a conexão pessoal que mantém com a cidade e seu povo.


Em momentos de conversa com a plateia, o artista resgatou suas memórias, desde o início da carreira no lendário Jogral, berço de talentos da MPB, até as grandiosas parcerias que o consolidaram como um dos maiores nomes do país. O público ouviu histórias sobre a colaboração com gênios como Paulinho da Viola, Jorge Ben Jor e Chico Buarque, além da inesquecível e duradoura união artística com Vinicius de Moraes.


A noite foi um verdadeiro passeio musical, com sucessos que embalaram gerações. Canções emblemáticas como “Aquarela”, “Tarde em Itapuã”, “Boca da Noite”, “O Caderno” e a singela “A Casa” foram entoadas em coro, reforçando o poder de suas letras e melodias. Toquinho também relembrou as trilhas sonoras que compôs ao lado de Vinicius de Moraes para novelas da TV Globo, como a icônica “O Bem Amado”, que eternizou a parceria da dupla também na teledramaturgia.


Com o violão sempre no centro, o artista exaltou a importância dos grandes violonistas brasileiros que o inspiraram, prestando uma sutil homenagem à técnica e ao virtuosismo que moldaram seu próprio estilo. O seu talento na arte do violão, que lhe rendeu um lugar de destaque entre os maiores ícones brasileiros, brilhou intensamente, mostrando a força da música instrumental e melódica.
O show alcançou o ápice e se encerrou de forma apoteótica e bem-humorada, com o bis da vibrante “A Tonga da Mironga do Kabuletê”, em que Toquinho e a plateia gritaram juntos o famoso “mais um” da canção, fechando a noite com chave de ouro e a certeza de que a felicidade, como diz o título da turnê, mora no tempo presente e na beleza da arte.

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