Cantor e compositor pernambucano realiza intervenções musicais pelo Agreste, Sertão e Zona da Mata Norte e convida musicistas de cada região contemplada; estreia da circulação é em Caruaru, dia 4/10

A mais nova criação autoral do artista Olegário Lucena surge de uma memória afetiva da sua infância em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco. O cantor, compositor e instrumentista pernambucano lança “O que é isso Mainha?”, que é uma intervenção musical por sete municípios do estado, com circulação pelas regiões Agreste — Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Garanhuns —, Sertão, em Arcoverde e São José do Egito, e Zona da Mata Norte, em Tracunhaém e Goiana. Todas as apresentações na rua têm o recurso da acessibilidade de interpretação em Libras para a comunidade surda. 

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“Ainda criança, na feira livre de Santa Cruz do Capibaribe, vi uma apresentação de dois violeiros e fiz a pergunta para a minha mãe: ‘O que é isso Mainha?’. A partir dessas lembranças, nasceu a ideia da intervenção musical nas feiras livres das cidades do interior pernambucano, onde também comecei a carreira solo e que agora nessa continuidade ampliamos essas vivências como artista e musicista de rua, do interior do estado etc”, conta Olegário Lucena.   

A estreia de “O que é isso Mainha?” ocorre em Caruaru, no dia 04/10 (sábado), com apresentação no Parque 18 de Maio (bairro: Petrópolis), pela Feira de Artesanato, como atração da praça de alimentação da feira, às 9h30. As outras intervenções na região agrestina acontecem no mesmo horário e nas datas seguintes: dia 5 (domingo), no Central de Feiras e Mercados (Ceascc), em Santa Cruz do Capibaribe (bairro: São Cristóvão), e no dia 18 na Feira do Heliópolis, em Garanhuns (bairro: Heliópolis). Olegário Lucena também convida Ana Paula Marinho, em Caruaru, Zeh Lucas, em Santa Cruz do Capibaribe, e Kleiton Robert, em Garanhuns. São artistas e musicistas da região contemplada. 

A previsão é que a circulação seja concluída ainda este ano. No Sertão, o convidado é Neguinho Arcoverde, enquanto na Zona da Mata Norte a parceria é com João Paulo Rosa, ambos artistas e musicistas. Os encontros em Arcoverde, São José do Egito, Tracunhaém e Goiana têm data e local a definir. Vale destacar também que em cada macrorregião uma produção local fica na articulação da pauta, incentivando profissionais locais e gerando um diálogo e renda entre as pessoas envolvidas direta e indiretamente. 

A equipe técnica é composta por Osvaldo Batista (produção executiva), Paulo Lira (fotografia e audiovisual), Sérgio Almeida (designer), Daniel Lima (assessoria de imprensa), Manu Oliveira e Emerson Oliveira (ambos com interpretação em Libras), e pela Associação da Cultura Regional Nordestina (coordenação). “O que é isso Mainha?” tem incentivo público, com o financiamento do edital Funcultura (Fundo de Incentivo à Cultura de Pernambuco), por meio do Governo de Pernambuco, Fundarpe e Secretaria de Cultura (Secult-PE). 

“São paralelos, conexões e influências que destacam e fortalecem artistas de rua. E isso se multiplica mais ainda por ser nas feiras livres, que também é um espaço de encontro de pessoas de todas as raças e gêneros. A gente considera que é um portal de referência e de mostra artística, com acesso livre, de circulação social e de visibilidade. Além do mais, é uma afirmação da ideia do pertencimento local sobre os espaços públicos e a necessidade da sua valorização, do seu cuidado e da sua ocupação de território”, declara o artista. 

Essas apresentações artístico-culturais também são momentos musicais que proporcionam variações e performances ao vivo, ao mesmo tempo com identidade própria de cada artista, o que cria uma identificação e possibilidade de aproximação com o público que por lá caminha, ali na hora. 

“A gente acredita que as apresentações contribuem para a divulgação de cada artista de rua, além de ser importante para ampliar o elenco de musicistas das feiras livres, revelando novas pessoas que tocam, cantam e performan para o cenário musical, sobretudo local. Além do mais, estamos estimulando a juventude a entender e reconhecer que a música é uma profissão, então esse incentivo é político, social e educativo”, acrescenta.  

Olegário Lucena toca nas ruas, feiras, praças e terminais há mais de dez anos, com vivências em diversas cidades do estado de Pernambuco de maneira independente, sendo ao mesmo tempo um espaço para apresentar publicamente sua carreira autoral solo.  

“Estamos valorizando e trazendo ritmos de base da cultura popular e ancestralidade em forma de música para memória coletiva tanto das pessoas que andam na feira livre como das que estão envolvidas com ‘O que é isso Mainha?’. Contribuindo assim para o fortalecimento da cultura pernambucana, principalmente para o interior do estado, e para o fato de espalhar a arte em espaços públicos”, pontua. 

Audiovisual 

Como registro da memória é previsto o lançamento do documentário “A Rua é um Palco”, com produção justamente durante os encontros. A sua continuidade é um objetivo enquanto criação autoral, que consequentemente aquece as mídias digitais. Vale reforçar que o audiovisual traz o recurso de acessibilidade da interpretação em Libras para a comunidade surda. 

“O que é isso Mainha?” no Agreste: outubro de 2025

04/10 (sábado) – Caruaru

Parque 18 de Maio (Feira de Artesanato)

Horário: 9h30

Convidada: Ana Paula Marinho

Gratuito

05/10 – Santa Cruz do Capibaribe 

Central de Feiras e Mercados (Ceascc) 

Horário: 9h30 

Convidado: Zeh Lucas

Gratuito

18/10 – Garanhuns

Feira do Heliópolis 

Horário: 9h30 

Convidado: Kleiton Robert

Gratuito

“O que é isso Mainha?” – ficha técnica – 2025

Criação e musicista: Olegário Lucena

Produção executiva: Osvaldo Batista

Coordenação: Associação da Cultura Regional Nordestina

Fotografia e audiovisual: Paulo Lira

Designer: Sergio Almeida

Assessoria de imprensa: Daniel Lima

Interpretação em Libras: Manu Oliveira e Emerson Oliveira

Artistas e musicistas (participação): Ana Paula Marinho (Caruaru), Zeh Lucas (Santa Cruz do Capibaribe), Kleiton Robert (Garanhuns), Neguinho Arcoverde (Sertão) e João Paulo Rosa (Zona da Mata Norte)

Locais das apresentações: Parque 18 de Maio (Feira de Artesanato, em Caruaru), Central de Feiras e Mercados (Ceascc, em Santa Cruz do Capibaribe) e Feira do Heliópolis (Garanhuns)

Incentivo público: financiamento do edital Funcultura (Fundo de Incentivo à Cultura de Pernambuco), por meio do Governo de Pernambuco, Fundarpe e Secretaria de Cultura (Secult-PE). 

Paulo Lira (foto) – A circulação de Olegário Lucena com ”O que é isso Mainha” começa em Caruaru, neste sábado (04), no Parque 18 de Maio (bairro Petrópolis), pela Feira de Artesanato

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